quinta-feira, 29 de março de 2012

Prece


Senhor, perdoa essa minha insegurança.
A falta de fé que as vezes se apodera de mim, 
O medo de me entregar completamente. 
Senhor, perdoa a minha tolice em achar que tudo pode ser melhor.
Em não aceitar a realidade, e acreditar nas pessoas. 
Ó pai, perdoa a minha falta de jeito em demonstrar afeto
A minha impaciência, intolerância e minha espera por sentimentos alheios. 
Senhor, perdoa-me. Sou humana, e padeço do mal de amar. 

domingo, 18 de março de 2012

Poeminha.



Não tem um dia que eu não espere.
Um bilhete, uma carta, um telefonema a cobrar.
Um sinal, uma pista, um encontro marcado em algum lugar.
Não tem um dia que eu não deseje a sorte.
Aqui, à dois metros, na próxima esquina, ou no coração de algum rapaz.
Não tem um dia que eu não queira.
Um poeminha, uma musiquinha, um pedido descabido ou uma rosinha cor de lavanda num dia qualquer.
O amor é o precipício dos meus dias.
Morro de medo da solidão. 

quinta-feira, 8 de março de 2012

Um brinde às Mulheres Desdobráveis.



Um brinde à mulher e à toda a sua versatilidade, coragem e leveza em conduzir a vida.

Um brinde à primeira mulher, que pecou, e à geração que carregou nos ombros.

Um brinde às mulheres de fibra, que enfrentaram guerras, e participaram da história como protagonistas. À Joana Dark, Anita Garibaldi.

Um brinde às mulheres que ao queimar seus sutiãs, decretaram para sempre liberdade e autonomia. Às operárias, sindicalistas, domésticas e mães de família que mudaram a história.

Um brinde às mulheres da política. Às que se desprenderam e se desprendem do comodismo do sexo frágil e lideram homens, Estados, Nações.

Um brinde à Maria Bonita, que deixou cravada no tempo a marca indelével de que as mulheres são fortes, corajosas e independentes por natureza. E nenhum homem as domina.

Um brinde às mulheres mansas, as bondosas, as caridosas. À Madre Tereza e suas tantas discípulas espalhadas pelo mundo.

Um brinde às mulheres artistas. Às que pintam, as que cantam, as que dançam, as que escrevem, às que atuam, e assim fazem do mundo um lugar mais bonito. Às que ao se exporem assim, quebraram tabus e deixaram sua marca. À Carmen Miranda, Marilyn Monroe.

Um brinde às mulheres anônimas, donas de casa, costureiras, empresárias, médicas, advogadas, lavadeiras, e todas que hoje tem uma profissão e sustentam o lar. Às super-heroinas que salvam o mundo todo dia.

Um brinde às mulheres que trabalham, estudam, cuidam do lar, dos filhos, do marido, e de si. Às mulheres multifuncional, que planejam seu dia e realizam tudo, com louvor.

Um brinde às mulheres que menstruam, se depilam, ficam lindas, bem arrumadas, e sedutoras. Às mulheres que conquistam homens e dão conta deles. Às mulheres “cama, mesa e banho”. Às que conseguem ser carinhosas e mandonas, sensuais e molecas, desajeitadas e sexys, inteligentes e engraçadas. 

Um brinde às mulheres que amam e vão até o fim do mundo por uma paixão. Às que já sofreram ou sofrem por amor, principalmente. E às que são amadas, e bem amadas.

Um brinde às mães, que são as Mulheres Premium. As que parem, as que cuidam, as que educam. Um brinde à minha mãe que me pariu e me amou antes de me ver.

Um brinde à todas as mulheres, de todas as idades, predestinadas ao sofrimento, que fazem jornada tripla, que tem filhos, marido, namorado, emprego, amigos. E seguram as pontas melhor que qualquer homem jamais poderia.

Um brinde à nós, mulheres. Nossas mães, avós, tias, amigas...

E como dizia Adélia Prado, Mulher é desdobrável. Eu sou.