Sábado, 12 de Março
Querido Cartola,
Ah, velho poeta, por favor, me deixe entrar
Já vim errando de bar em bar
Atrás de um pouco de emoção
Me deixa sentar e colher um pouco
Dos poemas que escorrem soltos
Das tuas mãos, nessa mesa de bar
Eu já fiquei no parapeito da janela
Esperando que rosas belas exalassem
O meu perfume pelo ar
Mas quanto mais escrevo, mais percebo
Que só a tua melodia é que faz uma rosa falar.
Cartola, pelo que tu foste eu canto
E ainda mais amor encontro, quando
Tua poesia desata a me fazer chorar
Sei que de cabo a rabo de todo o samba
Tá pra nascer alguém mais bamba
Que cante rosas, moinhos e amor
Do jeito que o senhor, Divino Cartola, cantou.
Com sincera admiração,
P.
Nenhum comentário:
Postar um comentário