sexta-feira, 8 de junho de 2012

Poema da Porta Aberta






Enquanto eu lembrar de você e sorrir,
É porque a porta ainda está aberta
Tem um café quentinho, uns biscoitinhos de canela
E um sabor de coisa que fica sem precisar dela

Enquanto eu sentir o seu cheiro por ai, e sorrir
É porque eu ainda te espero,
Com as janelas abertas, e a mesa arrumada
Com o violão no colo, e uma poesia improvisada

Enquanto eu olhar pros outros, e ver você
É porque eu ainda quero,
E vou esperar me chamares por aquele apelido
Cheia de vida, de graça, e usando o mesmo vestido.

Enquanto eu tiver meio doente, meio doendo
Meio sem casa, meio descalça
Meio esperança, meio saudade
É porque você ainda pode vir e fazer parte.

Mas, se por acaso, você não me ver mais por ai
Se te disserem que eu andei sorrindo, e cheia de frases
Se eu comprar uma roupa nova, e trocar de perfume
É porque eu percebi que você já se foi tarde. 

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