sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Carta de uma paixão.


Eu me peguei pensando em você. Eu pensava e um sorriso maroto tomava conta do meu rosto. E no meu pensamento, eu achava aqueles seus grandes olhos negros que sorriam, e talvez por isso eu sorrisse também. Eu lembrava das piadas em horas impróprias e do frio que fazia. De como eu gostei de você desde a primeira conversa osmótica sobre orientalidades. Você concordava com as minhas teses, enquanto eu falava atropelando palavras por estar mais concentrada observando seus gestos. Admirava suas feições, o jeito como juntava as mãos, seu timbre e o efeito que causava em mim. Não imaginava que pudesse sentir essa sensação depois acreditar e desacreditar tantas vezes. Foi como uma união súbita de aureas, de signos, de karmas, uma empatia instantânea como se já nos conhecessemos desde sempre. Você, sem querer, me fez lembrar minhas velhas manias. E quanto mais você falava de sí, mas eu me via nas suas características, como se fosse de mim que você falasse. E quando algo não parecia, essa diferença me fazia gostar ainda mais de você, como simétricos perfeitos. Parece até que você tinha lido meu manual de instruções, porque você dizia exatamente o que eu merecia ouvir. E eu torço, sinceramente, com uma leve sensação lívida, para que você continue me fazendo sorrir ao pensar em você. Para que algo por dentro me faça voltar a acreditar que algo maravilhoso assim é possivel.

Um comentário:

  1. depois que li esse post tu me inspirou a escrever esse aqui ó:
    http://viniciusblogb.blogspot.com/

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