segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Toy Story.

          Fui ver Toy Story no cinema. Foi como se o filme contasse a nossa história. A história de jovens que tiveram sua infância pautada em bons brinquedos, e agora já crescidos precisam se desfazer deles. Eu sempre me identifiquei com o filme, e numa sala com poucas crianças, percebi que o verdadeiro brilho estava nos olhos das pessoas que como eu, adoravam o cowboy Wood e o boneco Buzz na infância. Eu vi que realmente estávamos crescidos, mas que ainda restava o mesmo encanto em ver o filme, como se fosse a primeira vez. E toda vez que Buzz falava: Ao Infinito... Completávamos: E além!, como se fosse um lema pra vida inteira. É bonito ver que a nossa geração, mesmo com tantas mazelas, aproveitou uma educação televisiva saudável e inocente, que as crianças de hoje não têm o privilégio de experimentar. Aprendíamos valores preciosos quando víamos desenhos animados. Queríamos imitar o Wood. Eu, particularmente, o tenho como o exemplo principal do filme. Revi o mesmo velho cowboy simpático da minha infância, com a mesma coragem, lealdade, companheirismo e preocupação com os amigos. E eu sempre admirei isso. Nossa geração foi presenteada com uma história que além de fazer rir, ensinava lições valiosas como ‘continuar juntos, em qualquer lugar, em qualquer situação’. E se a nova geração pudesse ver isso como algo a ser imitado, como nós fazíamos talvez o mundo ainda tivesse jeito. Talvez seja radical falar, mas mesmo que as crianças de hoje assistam o filme e achem ‘o máximo’, elas não vão entender o real sentido e a importância que esses brinquedos tiveram pra nós. Porque essas crianças estão digitais, e seus brinquedos são computador, vídeo-game, e algumas até deixam de brincar muito cedo e passam a se interessar por coisas superiores à sua idade. E naquela época, os nossos brinquedos eram os brinquedos de Toy Story. Eram bonecos movidos a pilha, cachorros de mola, e aqueles que puxa a cordinha e eles falam (rsrs). Mas nos divertíamos, não ficávamos entediados, desenvolvíamos a arte de criar histórias, e apurávamos a criatividade. As crianças de hoje têm preguiça, porque tudo é prático, digital e compacto. Enfim, tivemos infância. E ao rever o filme, mais do que nunca, percebemos o quanto fomos afortunados por compartilhar de uma história que de certa forma participamos. E concerteza, levaremos pra vida inteira.

Um comentário:

  1. Veio nem me fala no Toy Story, sou um adolescente que é totalmente fascinado por esse filme de animação e sempre aprendo muitas coisas com as lições amizade e fidelidade que aqueles pequeninos personagens nos apresentam em toda edição, sou a favor de que exista o Toy Story IV, V, VI etc etc etc!

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