Sábado, 28 de Janeiro
Você é como a chuva do caju que cai de repente no calor mais doido de Novembro.
É como o raro tantinho de alegria que brota do pasto,
Como a plenitude que surge nos campos, e a soberba que emana da terra
Quando tá pronta pra te receber.
Você é a chuva que cai aos montes, inunda e alaga os sertões da minha vida.
É a água límpida e altiva que invade casas, terraços, quintais.
Você é o improviso da natureza cheia de segundas intenções.
Você é o encontro de águas que eu gosto de ter.
Você é a abundância desconhecida e tamanha
Sem medida, sem pudor, que alaga, que preenche tudo.
Você é a fartura na mesa de um sertanejo.
É um bucado disso, um tanto de outras coisas e pouco mais.
Você é pra mim, a época mais esperada do ano.
O encontro marcado, o milagre das nuvens em pleno verão.
E eu sou o alivio, o brilho graúdo do olho, o sorriso satisfeito
De quem passou o ano inteiro te esperando chegar e alagar meu coração.
P.
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