sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Pra não dizer que não falei de flores

Sexta, treze. 


Novo habitante de Marte, 


Hoje, mais do que em outro dia da semana, eu me senti a pessoa mais feliz do mundo. Não, eu não ganhei na loteria, não fui promovida no emprego, não passei na Federal, não achei dinheiro na rua, não ganhei um carro dos meus pais de presente, nem nada disso.  Pra falar a verdade, nem eu sei o motivo dessa alegria súbita de hoje. Afinal, nem é feriado, nem fim de semana, e eu tive que acordar cedo pra ir trabalhar. Mas é que hoje, sei lá. Algo dentro de mim despertou da melhor maneira possível. Hoje eu to me sentindo mais leve, mais luminosa, mais lúcida e até mais bonita. Não, eu não estou amando, nem algo do gênero, nem superei o passado como deveria, até porque esse tipo de coisa leva tempo. Hoje eu decidi deixar esses assuntos complicados pra lá. E resolvi me dar permissão pra rir da vida, pra levar as coisas na brincadeira, pra fazer piada, pra deixar a minha criança sair pra brincar um pouco. Hoje, até o engarrafamento pareceu legal, ouvindo Skank nas alturas como se não houvesse amanhã. O trabalho continuava com os mesmos problemas, as mesmas chatices, as mesmas obrigações, e mesmo assim tudo fluía bem. Minha vontade hoje é apenas viver da forma mais simples possível, dando chances pra vida me presentear com o que ela tem de melhor pra mim, pra pessoas boas como eu. Hoje eu acredito ser uma pessoa boa. E quer saber? Nenhum mau sentimento me perturba, nenhuma dúvida me atormenta, nada me tira do sério, porque eu decidi ser melhor hoje. Talvez, você tenha a ver com isso. Não sei ao certo. Mas depois que você entrou na minha vida, deu um colorido especial, um brilho a mais, coisa sobrenatural mesmo. E portanto, hoje, eu prefiro ser a pessoa mais feliz do mundo, a mais engraçada, a mais descolada, a mais amiga. Eu descobri que eu sou alegre por natureza, todo ser humano é.  Parafraseando Vinicius: “É melhor ser alegre que ser triste, a alegria é a melhor coisa que existe.”  Por isso, hoje, quem me ver por ai, periga de se apaixonar. Tô irresistivelmente feliz. 

Com afeto, 
P.

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